quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Top 10 de livros de Marketing mais vendidos em 2011

Marketing 3.0 – as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano, de Philip Kotler, é o livro mais lido do ano de acordo com o levantamento do Mundo do Marketing

   Entra ano e sai ano, mudam as tendências, os cenários, os mercados e os consumidores, mas Philip Kotler continua como o principal formador de opinião em Marketing. O norte-americano é, pelo quarto ano consecutivo, o autor da obra mais vendida do segmento. Marketing 3.0 – as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano é o livro mais lido do ano de acordo com o Top 10 de Livros mais vendidos de Marketing em 2011.
   Há, no entanto, uma novidade no levantamento realizado pelo Mundo do Marketing anualmente a partir dos relatórios de vendas das livrarias e e-commerce da Saraiva, Siciliano, Fnac, Submarino, Cultura e Laselva deste ano. Kotler continua soberano, mas não com o clássico Administração de Marketing, desta vez, o segundo livro mais vendido do ano. Esta é apenas a segunda das cinco obras de Kotler no Top 10 de 2011. As outras são Princípios de Marketing, em sétimo lugar, Marketing para o Século XXI, em oitavo, e Marketing de A a Z , em décimo.
   A lista deste ano mantém o número de cinco brasileiros entre os mais vendidos autores de Marketing. Quatro deles falam sobre o mercado digital. A Bíblia do Marketing Digital, de Cláudio Torres, está em terceiro lugar entre os livros mais vendidos no Brasil, seguido por A Revolução das Mídias Sociais, de André Telles, em quarto, Os 8 Ps do Marketing Digital, de Conrado Adolpho Vaz, em quinto, Marketing Na Era Digital, de Martha Gabriel, em sexto, e Gestão de Marketing e Comunicação, de Mitsuru Higuchi Yanaze, em nono.
   O Top 10 de Livros mais vendidos de Marketing traz duas importantes mudanças em 2011. Pela primeira vez, o Mundo do Marketing considerou o resultado de vendas da Laselva, importante canal de compra entre executivos em viagens pelo Brasil. Outra alteração foi o número de obras analisadas para a formação do ranking. Ao contrário dos anos anteriores, em 2011, os 20 mais vendidos de cada livraria pontuaram para formar o ranking geral.
   O resultando do levantamento feito este ano deixa claro a busca dos profissionais para se prepararem diante das transformações do mercado. Se nos anos anteriores o livro mais vendido - Administração de Marketing - conseguia a primeira posição no ranking por ser o mais recomendado pelas faculdades e MBAs, Marketing 3.0 e todas as obras focadas no mercado digital dão a dimensão de que o mundo realmente mudou.
   Veja aqui o ranking completo de 2011:

Posição
Título
Autor
Editora
1º 
Marketing 3.0 - As Forças que Estão Definindo o Novo Marketing Centrado no Ser Humano 
Philip Kotler 
Campus Elsevier 
 2º
 Administração de Marketing 
Philip Kotler 
Pearson Education 
 3º
 A Bíblia do Marketing Digital 
 Cláudio Torres 
 Novatec 
 4º
 A Revolução das Mídias Sociais 
 André Telles 
 M. Books 
 5º
 Os 8 Ps do Marketing Digital - O Seu Guia Estratégico de Marketing Digital 
 Conrado Adolpho Vaz 
 Novatec 
 6º
 Marketing Na Era Digital - Conceitos, Plataformas e Estratégias 
 Martha Gabriel 
 Novatec 
 7º
 Princípios de Marketing 
 Philip Kotler 
 Pearson 
 8º
 Marketing para o Século XXI - Como Criar , Conquistar e Dominar Mercados 
 Philip Kotler 
 Ediouro 
 9º
 Gestão de Marketing e Comunicação - Avanços e Aplicações 
 Mitsuru Higuchi Yanaze 
 Saraiva 
 10º
 Marketing de A a Z - 80 Conceitos que Todo Profissional Precisa Sabe 
 Philip Kotler 
Campus Elsevier 
 Fonte: Mundo do Marketing, com Saraiva, Siciliano, Fnac, Cultura, Submarino, Laselva 

Fonte: Bruno Mello, Mundo do Marketing / Portal da Administração
Disponível em: < http://www.administradores.com.br/informe-se/marketing/top-10-de-livros-de-marketing-mais-vendidos-em-2011/50690/ >

Gênios fracassados: por que pessoas talentosas não conseguem ter sucesso?

Como já dizia Peter Drucker, “inteligência, imaginação e conhecimento são recursos essenciais, mas somente a eficiência os converte em resultado”

   Auvers-sur-Oise, França, 27 de julho de 1890. Financeiramente desequilibrado, Vincent, irmão de Theodorus e paciente do doutor Gachet – conhecido psiquiatra da região, atira contra o próprio peito, em um campo de trigo, perto da casa onde mora. O disparo não é certeiro e ele acaba retornando ao próprio quarto, cambaleante, mas sem deixar ninguém na rua perceber o ocorrido. Vincent permanece recluso até o dia 29, quando é encontrado por alguns amigos. Mas já é tarde.
   O motivo exato do suicídio nunca ficou claro para as pessoas do pequeno povoado situado nas redondezas de Paris. Mas cogitou-se, na época, que o descontrole emocional de Vincent, intensificado pelo inconformismo com a situação financeira enfrentada por ele e o irmão, o tenha levado à atitude drástica. Vincent era pintor e Theodorus tentava vender seus quadros, mas os trabalhos não empolgavam ninguém a pagar muita coisa por eles.
   Hoje, mais de um século depois, poucos artistas são tão venerados no mundo quanto Vincent, que somente após a morte conseguiu sucesso e ficou conhecido por seu sobrenome: Van Gogh. Considerado um precursor da ligação entre tendências impressionistas e o modernismo, o pintor, que é de origem neerlandesa, influenciou diversas vanguardas que surgiram em diferentes países no início do século XX.
  
No limiar da Eternidade, quadro pintado por

Vincent Van Gogh pouco tempo antes de

cometer suicídio
Assim como Van Gogh, muitos outros profissionais, extremamente competentes na atividade em que são especialistas, não conseguem tirar proveito da própria genialidade. Por quê?
   O escritor norte-americano John C. Maxwell, que é especialista em treinamento de líderes e autor do livro "Talento não é tudo", afirma que essa capacidade pessoal "é algo muitas vezes superestimado e frequentemente mal entendido". Segundo ele, "quando as pessoas realizam grandes coisas, os outros muitas vezes explicam suas realizações atribuindo-as ao talento. Mas esta é uma maneira falsa e equivocada de encarar o sucesso".
   Maxwell ressalta em seu livro que o talento tem, sim, sua importância, e não pode ser desconsiderado. "Onde os Estados Unidos estariam se o país não tivesse sido formado por líderes talentosos?", afirma o escritor. No entanto, ele afirma que é preciso ir além, transformar competência em eficiência.

Já dizia Peter Drucker...
   

Peter Drucker
    O pai da administração moderna, Peter Drucker, dizia que "inteligência, imaginação e conhecimento são recursos essenciais, mas somente a eficiência os converte em resultado". Para o consultor Deni Belotti, o compromisso com os próprios projetos é fundamental, e não pode ser esquecido. Para ele, a regra básica é: persistência. Segundo Belotti, é preciso ter "visão, capacidade de sonhar grande e, é claro, uma grande dose de determinação".
   Já Elias Awad, palestrante corporativo e biógrafo de grandes executivos brasileiros – como Samuel Klein, da Casas Bahia – afirma que, no mercado de trabalho, a melhor maneira de transformar talento em sucesso é somando. "Em um mundo onde é inadmissível pensar em realizar algo sozinho, eu acrescento ao pensamento do mestre Peter Drucker que não basta apenas a sua convergência e o seu comprometimento, mas sim o da equipe", afirma Awad. O escritor complementa chamando atenção para a questão da autoconfiança. Segundo o escritor, é ela que "levará ao merecimento. Ou seja: eu me empenho, eu me aprimoro, eu estudo, eu leio... Portanto, mereço ser feliz e ter sucesso. Enquanto isso não estiver muito claro em nossas mentes, os problemas e adversidades, muitas vezes criados ou potencializados por nós mesmos, serão mais fortes que nossas capacitações e objetivos. Dizem que querer é poder... Então, antes de poder, você precisar querer", afirma Awad.

A importância das escolhas

   Na vida, nem sempre fica claro qual o melhor caminho para se chegar a um determinado objetivo. Na verdade, saber claramente qual objetivo perseguir não é uma tarefa muito fácil. As opções são muitas e uma coisa é importante ter em mente: nem sempre dá pra escolher todas. Por isso, grande parte do sucesso de um profissional, certamente, dependerá das decisões tomadas ao longo da carreira. Como fazer isso da maneira certa? "Saber escolher e decidir é fruto de exercício constante", afirma Elias Awad. Segundo o escritor, "quanto mais se praticam escolhas e decisões, certamente, mais apurado fica seu feeling". Awad chama atenção, no entanto, para o fato de a confiança excessiva na experiência adquirida ao longo da vida poder atrapalhar na hora de se tomar uma decisão. "Quanto mais apurado seu feeling, mais atento aos detalhes você deve estar, para não tomar decisões e assumir escolhas fundamentado apenas na autoconfiança", explica o escritor.
   Talvez Van Gogh tenha tomado decisões erradas, não tenha acreditado no próprio potencial nem conseguido gerir seu trabalho. Ou não. O gênio pode, simplesmente, ter sido um incompreendido. Mas, e você: tem conseguido transformar seu talento em sucesso? Afinal, como diz John C. Maxwell, "todos temos algo que podemos fazer bem".

Fonte: Simão Mairins,  O Portal da Administração

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

7 competências que o mercado busca nos profissionais

Quais são as características que um profissional precisa ter, além, é claro, daquelas específicas de cada ramo de atuação?

Victor Martínez, especialista em treinamentos comportamentais e projetos de RH e CEO da Thomas Brasil, empresa especializada em gestão de pessoas, listou sete talentos que as empresas buscam nos profissionais. Veja abaixo:
1. Autogerenciamento - É a capacidade de motivação, disciplina e auto-avaliação do indivíduo. Trata-se do profissional capaz de realizar projetos, buscar soluções e identificar formas de implementar as soluções.
2. Comunicação múltipla - Segundo Martínez, o mundo é uma aldeia global, por isso, a capacidade de se comunicar de modo realmente eficaz em inglês deve ser prioridade em determinadas áreas. "Há outras formas de comunicação que devem ser exploradas, como por exemplo, a informática, os blogs, a intranet, os processos e sistemas de informação e transmissão de dados."
3. Negociação - Reflita sobre sua capacidade de negociação e dê atenção especial às suas habilidades nesse campo. Apresente suas ideias de forma clara e convincente e argumente de forma positiva, franca e objetiva.
4. Adaptabilidade - "Mudança é uma das duas grandes certezas da vida", diz Martínez. Por isso o profissional do futuro deve procurar prevê-las e antecipar-se a elas.
5. Educação contínua - Novidades tecnológicas, descobertas, novos processos mais eficazes aparecem a cada momento. Por isso, é fundamental a busca continua por aprimoramento.
6. Domínio da tecnologia - Como já dizia Ayrton Senna, tecnologia faz diferença. Use e fomente a tecnologia de ponta sempre que possível ou quando houver necessidade. Para evoluir nesse quesito, decrete sua própria obsolescência e parta para patamares mais altos de tecnologia.
7. Foco nos resultados - São os resultados que interessam, mas lembre-se que a ética deve ser respeitada. Na busca pelos resultados, as pessoas também são avaliadas por suas ações. Vale refletir e analisar o que você busca e o que agregará valor em termos de custos/esforço. Concentre-se nisso.

Fonte: O Portal da Administração
Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/7-competencias-que-o-mercado-busca-nos-profissionais/48821/ >

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Crescimento da economia brasileira valoriza a carreira de Administrador

A profissão de administrador, que completa 46 anos de sua regulamentação no Brasil, ainda é a mais procurada pelos jovens que buscam o ensino superior no país.
   O bom momento vivido pela economia brasileira e a demanda crescente por profissionais qualificados são promissores para muitas carreiras, especialmente para o administrador, que, com seu perfil generalista, pode atuar em diferentes áreas e contribuir de diversas formas para o crescimento das organizações. "De forma geral, o administrador está presente nas empresas que devem crescer por causa do bom momento econômico e da realização de grandes eventos esportivos no País. É o caso das organizações que atuam nas áreas de infraestrutura, construção civil, logística, energia, telecomunicações, tecnologia, óleo e gás, e eventos", destaca o presidente do Conselho Regional de Administração - CRA-SP, Walter Sigollo. "Todas elas precisam de bons administradores para competir no mercado interno e externo", complementa o administrador.
   A profissão, que completa nesta sexta, dia 9 de setembro, 46 anos da sua regulamentação no Brasil, continua sendo uma das mais procuradas pelos jovens que buscam o ensino superior. Segundo dados do Censo da Educação Superior de 2009, divulgado pelo MEC (Ministério da Educação), a Administração é o curso com mais inscritos no Brasil. São mais de 1.800 instituições de ensino superior que oferecem o curso, mais de 780 mil alunos matriculados, cerca de 120 mil formandos por ano, mais de 2.500 cursos de Administração e 680 mil vagas. Sigollo lembra que a carreira de administrador apresenta uma peculiaridade em relação às demais profissões: é dinâmica e constantemente agrega novos campos de atuação ao seu escopo, o que dá maior flexibilidade ao currículo e amplia o mercado de trabalho. Ele, porém, alerta para uma mudança no perfil do profissional. "O administrador precisa aprender a lidar com as questões relacionadas à sustentabilidade e aos princípios de governança corporativa. Da mesma forma, a maior valorização das pessoas nas empresas, pois hoje se sabe que elas podem ser o principal fator de diferenciação e inovação de uma organização, também obriga o administrador a se preocupar com a gestão de pessoas nas organizações."
   Para esse novo perfil, Sigollo recomenda duas posturas. A primeira é a de que o administrador busque, paralelamente ao conhecimento técnico, uma formação cultural mais abrangente e sólida que vai ajudá-lo a se transformar em um profissional com visão de futuro e afeito à inovação. A segunda é de que ele não deixe nunca de estudar, de buscar conhecimento, mesmo que de forma autodidata.

Por CRA/SP

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O novo rebaixamento dos EUA, este sim preocupante

   O rebaixamento da AAA para AA+ da S&P foi mais um Erronomics da longa série. Em vez de aumentar a taxa de juros, devido ao maior risco, segundo os economistas de risco país da S&P, a taxa de juros CAIU.
   Obama deve estar agradecendo a S&P "country risk", e os Republicanos, porque a S&P conseguiu o que Bernanke não consegue. Isto não é uma crise do Capitalismo, e sim de uma série de Erronomics que estamos apontando aqui há 20 anos.
   Este novo rebaixamento, agora para a nota C, este sim é preocupante. C significa "incapacidade de cumprir com o prometido, futuro muito incerto". Quem foi rebaixado foi o Prof. de Economia de Princeton Ben Bernanke, Presidente do FED. Para uma nota C, abaixo até do Tombini, Presidente do BC Brasileiro. Invistam no Brasil! Bernanke foi quem admitiu que a recessão de 1929 foi causada não por uma falha do Capitalismo, mas por uma falha dos economistas da época. Veja o seu mea culpa. Regarding the Great Depression. You're right, we did it. We're very sorry. But thanks to you, we won't do it again."[45]
   Você compraria um título de um governo cujo presidente merece um C? Mais preocupante é que ele não pode ser demitido, nem tem autocrítica necessária para pedir demissão. Vai se agarrar ao poder a todo custo. Nunca estudou o Princípio de Peter, para perceber que ele foi promovido para o seu nível de incompetência.
   Competente ele era, no seu cargo anterior, o de Professor.

Por Stephen Kanitz

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Príncipe de Maquiavel e as Teorias da Administração

   O Príncipe trata-se de um conjunto de instruções, dadas por Maquiavel ao príncipe Lorenzo de Médici, sobre a melhor forma de governar, ou seja, trata claramente de autoridade e liderança. Nos princípios expostos pelo autor, se encontra muito do que as teorias da Administração pregam. 
 
   Começando pela teoria da Administração Científica de Taylor, onde uma das suas afirmações é a de que deve haver uma interação amigável entre os gestores e os trabalhadores, mas com uma clara separação dos deveres entre uns e outros, o que condiz com que Maquiavel trata no seguinte trecho:"Os romanos, nas províncias de que se assenhorearam, observaram bem estes pontos: fundaram colônias, conquistaram a amizade dos menos prestigiosos, sem lhes aumentar o poder (...). E quem não encaminhar satisfatoriamente esta parte, cedo perderá a sua conquista e, enquanto puder conservá-la, terá infinitos aborrecimentos e dificuldades."
   É notável que o que o autor afirma no referido trecho é um conselho valioso para os líderes de hoje, ou seja, a amizade entre eles e os subordinados é benéfica para o clima organizacional, desde que não se deixe que por essa amizade os subordinados passem a ter um poder que não lhes é devido, pois tal atitude leva a perda da autoridade do líder e ao fracasso sua liderança.
   Também pode-se notar a relação do que o autor descreve com a teoria das necessidades de Maslow, pois o autor deixa claro que o príncipe (gestor, líder) deve suprir as necessidades de seus súditos (subordinados e/ou colaboradores) desde as mais básicas, como as fisiológicas, assim como as de segurança (o povo deve sentir- se protegido, caso o território venha a ser atacado), as sociais (proporcionando a possibilidade da diversão e interação do povo como lê- se em: "Além do mais, deve, nas épocas próprias do ano, dar ao povo festas e espetáculos."), as de estima (notável em:" Do mesmo modo, deve um príncipe mostrar-se amante das virtudes e honrar aqueles que se destacam numa arte qualquer.") e as de auto-realização(que muitas vezes, são satisfeitas através do reconhecimento, ou seja, quando individuo nota que está se desenvolvendo bem).Sendo o dever de realizar tais ações, reafirmado no seguinte trecho:"E, porque toda cidade está dividida em corporações de artes ou grupos sociais, deve cuidar dessas corporações e desses grupos, reunir-se com eles algumas vezes, dar de si prova de humanidade e munificência, mantendo sempre firme, não obstante, a majestade de sua dignidade, eis que esta não deve faltar em coisa alguma."
   Do mesmo modo, percebe-se que Maquiavel demonstra a importância da motivação através do reconhecimento dos súditos (subordinados), pois firma o comportamento desejado para que se obtenha os resultados necessários ao crescimento do principado (empresa); como ele expõe no trecho a seguir:"Ao mesmo tempo, deve animar os seus cidadãos a exercer pacificamente as suas atividades no comércio, na agricultura e em qualquer outra ocupação, de forma que o agricultor não tema ornar as suas propriedades por receio de que as mesmas lhe sejam tomadas, enquanto o comerciante não deixe de exercer o seu comércio por medo das taxas; deve, além disso, instituir prêmios para os que quiserem realizar tais coisas e os que pensarem em por qualquer forma engrandecer a sua cidade ou o seu Estado."
   Enfim, O Príncipe como se pode ver é um livro atual, e apesar de aparentemente tratar de apenas um tema, seus ensinamentos tem inúmeras aplicações em vários âmbitos do nosso cotidiano, especialmente no mundo corporativo.
 
Por Eldes Cristina Alves dos Santos

8 Ps do Marketing Digital pretendem melhorar a estratégia das empresas

   Os 4 Ps propostos por McCarthy podem ser um dos principais conceitos do Marketing, mas, para Conrado Adolpho, a lista é um pouco maior em se tratando do Marketing Digital. O autor do Best-seller “Google Marketing”, que chega à quarta edição com 15 mil unidades vendidas, propõe 8 Ps para melhorar a estratégia online das empresas e maximizar os bons resultados.
   Para promover as vantagens do conceito, chega às livrarias este mês o livro “Os 8 Ps do Marketing Digital”, da editora Novatec. Atuando há 10 anos na área, Adolpho planeja ainda o lançamento do e-book “30 dicas para o sucesso rápido”, que estará disponível gratuitamente.
   Em entrevista ao Mundo do Marketing, o especialista destaca as principais características da teoria e explica por que é necessário criar um ciclo infinito que compreende a atuação da empresa na internet, composto por Pesquisa, Planejamento, Produção, Publicação, Promoção, Propagação, Personalização e Precisão.

Por que 8 Ps?

   "Hoje temos uma quantidade muito grande de players dentro do mercado: o analista, a empresa que faz otimização de site, mídias sociais, métricas, e-mail marketing, um monte de fornecedores, que acham que, naquele momento, são os mais importantes. Com isso, o empresário acaba ficando perdido, sem saber o que contratar e em que hora. Por exemplo, ele não sabe que não deveria contratar uma empresa que envia e-mail marketing sem ter antes o mailing. Mas não adianta comprar mailing, o retorno de compra de mailing é muito baixo. É muito mais fácil investir numa ação para construir o mailing dele do que comprar o mailing e enviar. Assim como não adianta também colocar alguma campanha de mídias sociais se não há conteúdo para fazer essa campanha. Mídia social é conteúdo, não promoção. O conteúdo é uma “cola social”. As empresas ficam confusas sobre quais são as competências que precisam no momento. É isso que os 8 Ps propõem".

As transformações da internet

   "A internet transformou a relação de tempo-espaço e mudou o modelo de negócio de várias empresas. Há, por exemplo, uma Zappos, que é a maior vendedora de sapatos e artigos de moda do mundo pela internet, porque consegue vender para qualquer lugar. O e-commerce é o primeiro movimento – a primeira mudança em modelo de negócio – a partir dessa transformação na questão do espaço que a internet promove. Há o fenômeno de compras coletivas, que é um conceito que a internet traz. A internet entra como resposta para aquilo que o ser humano já queria".

Os 8 Ps

   "Os 4 Ps são variáveis controladas – preço, praça, produto e promoção – para atuar no mercado de maneira mais eficiente. Os 8 Ps são um processo e não variáveis controláveis. O primeiro P é pesquisa. Antes de planejar é preciso pesquisar. O segundo P é planejamento, pois para produzir o site é necessário planejá-lo. Na internet você envolve designer, pessoal de jornalismo, marketing, desenvolvedor, uma quantidade muito grande de pessoas com diferentes competências que precisam falar a mesma linguagem. Por isso é necessário o P de planejamento.
   Depois vem produção, publicação de conteúdo, dentro e fora do site, como nas mídias sociais. Aí sim aparece o P de promoção, que é o quinto. Não só promovendo a marca simplesmente, mas com um viés de propagação, que é o sexto P, o famoso Marketing Viral, mas algo muito mais profundo. É se aproveitar do alto grau de atividade do consumidor – não existe uma revolução no Egito ou um case Arezzo à toa: o consumidor hoje tem o software e o hardware para expor suas opiniões. É um consumidor muito mais ativo do que nas décadas de 1970 e 1980. Depois de promover para que o consumidor propague, há outra teoria em torno disso que são as campanhas colaborativa e competitiva. A colaborativa significa as pessoas se juntarem por uma causa, enquanto a competitiva é algo como “Escreva uma frase e concorra a um iPad”. Ou seja, estar competindo com outras pessoas. Fazendo tudo isso – promoção e propagação – é hora do sétimo P, que é a personalização. Na internet, é possível personalizar comunicação em massa, tratando o consumidor como um indivíduo. Finalmente, a precisão é o oitavo P, o que significa mensurar, medir tudo".

Empresas circulares

   "A partir do momento em que a empresa faz do primeiro ao oitavo P, é possível conhecer melhor o mercado. Hoje não existe processo linear, os processos são circulares. A empresa circular é aquela que, quando termina um ciclo, volta para melhorá-lo. O primeiro iPod, por exemplo, que nem chegou ao Brasil, era horroroso e foi melhorando até o iPod Touch. Quem começou com isso foi a Microsoft, com o Windows 3.11. Este é o conceito das empresas que lançam o mesmo produto várias vezes. Os 8 Ps não são uma linha, que tem início, meio e fim. Eles têm um início, que é a pesquisa, mas não têm um fim. Depois de chegar ao oitavo P e mensurar tudo o que deu certo, é necessária uma pesquisa para entender com mais propriedade e reiniciar um novo ciclo. Cada vez que você gira esse ciclo, aprende mais sobre o seu negócio".

Pequenos e médios negócios

   "Quero mostrar para as pessoas que estratégias de Marketing Digital podem ser usadas tanto para profissionais liberais como para empresas grandes. Temos mais de 100 cases que obtiveram sucesso com os 8 Ps, desde o case do Mario Persona, que é um palestrante, até o do Flamengo, da Nokia, da Trip. Um conceito que os 8 Ps trazem para o mercado é a questão de integração entre competências que parecem muito distintas, mas que conversam entre si. Os 8 Ps são um método que ajudam o negócio a ganhar dinheiro, mas também uma teoria voltada para pequenos negócios. Os 8 Ps não são voltados para a Unilever. Ela até pode usá-los, mas será muito pouco, porque já tem muita gente que se preocupa com a empresa. Os 8 Ps são voltados para o micro e pequeno empresário, além do profissional liberal.

¹Reportagem de Bruno Mello.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O que ensinar aos jovens sobre dinheiro

   Especialista Marcela Ayres dá oito dicas sobre como agir em relação à mesada, cartões de crédito e gastos individuais e familiares:

   Além das mudanças físicas e comportamentais, passar pela adolescência significa aprender a lidar com dinheiro como gente grande. No meio do caminho, decisões como poupar a mesada, dispensá-la no momento do primeiro estágio, consumir a partir das próprias economias e usar o cartão de crédito dão pistas de como o jovem vai se virar sozinho dali a alguns anos.
   Eloisa Vasconcellos, agente autônoma de investimento e responsável pela área educacional da corretora Magliano, percebeu que a demanda por ensinamentos voltados especificamente para os adolescentes era grande nas aulas de educação financeira que organizava para mulheres. "Muitas já atuavam como economistas de plantão dentro de casa: o controle da ansiedade, a escolha da hora certa para a melhor compra e a alocação do capital de forma diversificada e flexível elas já usavam, sem saber, no orçamento doméstico", afirma a especialista. Mas chegado o momento da adolescência, o exemplo familiar não parecia ser o suficiente para livrar os filhos do consumismo desenfreado. Segundo ela, os jovens naturalmente passam a absorver mais estímulos dos amigos e dos meios de comunicação à medida que ficam mais velhos. Portanto, devem estar conscientes sobre a impossibilidade (e tantas vezes falta de necessidade) de comprar tudo que lhes vem à cabeça. Com o objetivo de passar os ensinamentos para frente, Eloisa passou a montar cursos de educação financeira voltados para adolescentes em Piracicaba, interior de São Paulo.
   Veja a seguir as dicas da especialista sobre como os pais devem introduzir conceitos de poupança e consumo em diferentes fases da adolescência:

A importância do não

   Muitas vezes vemos uma criança fazendo escândalo na porta de uma loja e os parentes cedendo por vergonha. Este é o começo do fim porque o comportamento vai repercutir lá na frente, na adolescência e juventude. Na vida moderna muitos pais presenteiam para compensar a ausência. Mas desta forma a criança não aprende quando ela pode e não pode, ou quando uma coisa é cara ou barata. E esse questionamento, quando interiorizado, é uma coisa que fica no inconsciente pelo resto da vida. Por isso, saiba dizer não.

A lição vem de casa

   O ensino de finanças não é obrigatório nas escolas, então você acaba aprendendo na vida. Mas é importante quebrar esse ciclo e repassar o conhecimento para os filhos. Vejo muitos profissionais adultos lamentando não terem recebido lições para se organizarem financeiramente desde muito cedo. E os ensinamentos são simples. O tabu de se falar sobre sexo vem sendo quebrado há mais de 50 anos, mas as famílias ainda relutam em falar de dinheiro. As contas de casa devem estar em planilhas abertas, com pais e filhos por dentro de tudo. Ao invés de ser visto como um elemento facilitador da vida, o dinheiro acaba sendo enxergado apenas como uma ferramenta de poder e isso é errado.

Primeiro passo

   Estabelecer uma verba mensal para gastos extras, como roupas, sapatos, lanches, ida ao cinema e outros passeios é uma boa saída. Minha dica é que o próprio adolescente tome a iniciativa de anotar durante dois meses o que gasta. Em seguida, ele deve apresentar esse levantamento para os pais e pedir a liberdade de administrar esse dinheiro sozinho. É com esses recursos que ele terá a chance de economizar nos supérfluos com o objetivo de poupar por um plano mais audacioso: uma bicicleta, uma viagem, um carro lá na frente.
   Toda economia precisa de um objetivo, senão lá pelo terceiro mês você deixa de poupar. Para o adolescente é a mesma coisa. Incentive um sonho, a compra de algo que fará a diferença. Se o plano é economizar para uma excursão no exterior, por exemplo, o filho pode poupar para gastar quando estiver no outro país enquanto o pai fica responsável pelo passeio em si, com passagens e acomodação.

Alternativa à mesada

   Se a família não tem condições de pagar uma mesada ao jovem, uma alternativa é delegar a tarefa de supervisionar os gastos da casa a ele. Nesse caso, o filho fica responsável por cuidar e comparar mensalmente as contas de supermercado, de luz, de gás. O que conseguir ser economizado a partir de um parâmetro inicial, isto é, da soma paga no mês anterior à implantação deste sistema, ficará para o adolescente, que será uma espécie de xerife das finanças domésticas.

Gastos diários e escolhas duradouras

   A partir destes recursos, o adolescente deve montar uma lista de prioridades e necessidades. O segredo para poupar é anotar todos os gastos efetuados ao longo do dia. Pode ser no celular, no computador, em um bloquinho de papel. Essa é a única forma de fazer um levantamento diário das despesas e identificar onde dá para fazer cortes. É essencial que o jovem tenha aprendido que enquanto estava crescendo, com o pé mudando de tamanho de um ano para outro, não valia a pena trocar de sapatos com tanta frequência. Entrar na vida adulta é também fazer escolhas mais duradouras. Para que gastar todo o dinheiro da mesada em games se você sabe que no ano seguinte terá vontade de comprar todos os jogos que forem lançados?

Trabalho

   É importante que o adolescente saiba em que ele é bom: computação, inglês ou música, por exemplo. A partir daí ele pode dar aulas particulares e incrementar seu orçamento. Qualquer ganho adicional a partir de 15 anos é uma vitória, seja em um estágio, como professor particular ou como monitor de recreação. Os pais devem ter a sensibilidade para perceber esse talento e incentivá-lo, independente do filho já gozar de uma situação financeiramente confortável ou não. Desta jogada entre pais e filhos é que resulta o empreendedorismo e a responsabilidade em administrar o dinheiro ganho por contra própria.

Cartão de crédito e débito

   Com 11 anos o adolescente já tem condições de lidar com um cartão adicional da conta dos pais, que deve ser introduzido em situações de pequenos gastos, como a compra de um lanche ou ingresso de cinema. Ao invés de esperar o troco, lidando com cédulas, o adolescente anota e guarda as notinhas para mostrar mais tarde para os pais, que também poderão manter o controle eletrônico através do extrato bancário. O limite para gastos será gradualmente modificado com a mudança nas necessidades do adolescente, acordadas em conjunto com a família. É interessante e importantíssimo que o cartão seja utilizado, porque a realidade é que ele fará parte da vida adulta de qualquer pessoa. Normalmente quem gasta além do que pode no cheque especial ou cartão é o indivíduo que não foi educado para lidar com estes instrumentos como faria com o dinheiro físico, e sim como uma extensão do crédito.

Pé no freio na gastança

   As famílias enfrentam problemas porque de uma hora para outra os filhos viram escravos do consumo. Entre 12 e 13 anos, você nota que os adolescentes já têm muita vontade de ter. Mas até aí eles ainda respeitam os limites colocados pelos pais. A partir de 14 anos eles se sentem mais libertos. Mas vivemos em um país com juros altos e as pessoas estão aprendendo a consumir coisas a que não tinham acesso em um passado recente. Por isso, é preciso frisar a importância do planejamento financeiro. E a noção de muitas vezes é preciso desistir de algo para ter condições de desfrutar de uma situação melhor para todos.
   Hoje em dia os pais dão muito e os filhos muitas vezes não retribuem na mesma medida. Estamos em um momento de estudar essa transformação. Se o orçamento apertar, acho válido abrir o jogo e expor para o filho que será preciso fazer uma parada técnica, tirá-lo da ginástica ou da natação para ajudar nas contas de casa. É bom incluí-lo nessas decisões. Quem passa por uma experiência assim potencialmente fará questão de ajudar nos gastos de casa quando começar a trabalhar, ou mesmo abrirá mão da mesada. Mas no Brasil, 90% das famílias consideram que um episódio como este é sinônimo de derrota. E muitas mantêm as aparências em nome de uma estrutura que pode ruir lá no futuro.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A formação do gerente de mídias sociais

É um mundo novo: planeje sua carreira, tenha uma boa presença digital, conheça as ferramentas, seja um heavy user, mantenha-se atualizado e seja humano.

    O mercado do marketing digital está ávido por gerentes de mídia sociais – as diversas ofertas de vagas que recebemos diariamente no nosso mural de vagas são uma comprovação da valorização deste tipo de profissional. Mas o que realmente faz de um profissional de marketing online um verdadeiro gerente de mídias sociais e quais são as habilidades que as empresas buscam em um gestor de mídias sociais?

Quem é o gerente de mídias sociais

   O gerente de mídias sociais é a pessoa encarregada de organizar as diversas ações de marketing e relacionamento associadas às redes sociais e suas diversas mídias. É a pessoa encarregada de fazer as compensações e interações que ocorrem através das redes sociais, que envolvem tanto os eventos de divulgação quanto as questões de relacionamento entre a empresa e seus clientes.
   O gerente de mídias sociais funciona como um agente de marketing e ao mesmo tempo como um ouvidor da empresa.
   Bastam poucas linhas para mostrar que essa não é uma função das mais fáceis, o que sempre faço questão de frisar em nossos cursos. Justamente por isso, um gerente de mídias sociais deve ser uma pessoal multitarefa e multidisciplinar. Por isso, se você está buscando uma formação para esse tipo de função, vou dar algumas dicas sobre a formação de um gerente de mídias sociais e as habilidades que as empresas buscam neste tipo de profissional.

Planeje a carreira

   Um gerente de mídias sociais nasce da capacitação nas diversas áreas do marketing digital. Por isso, busque o máximo de capacitação nessa área através de cursos, seminários e palestras. Em primeiro lugar, desenvolva suas aptidões no que diz respeito ao marketing de busca, pois mídias sociais são intimamente relacionadas aos resultados de SEO.
   Um outros ponto essencial na formação de um gerente de mídias sociais é a web análise. Ferramentas como o Google Analytics e conhecimentos profundos sobre as técnicas de web analytics são essenciais para a compreensão das ações de marketing nas mídias sociais. São, portanto, técnicas que o gerente de mídias sociais precisa dominar.

Tenha uma presença digital de destaque

   Ter uma presença digital marcante é essencial para qualquer profissional que pretende exercer uma função de gerenciamento na área de mídias sociais. Tenha um blog impecável, um Twitter ativo e relevante (um Klout auto ajuda), uma página de Facebook criativa e inovadora e um perfil no Linkedin bem estruturado.
   A empresa que procura um bom gerente de mídias sociais vai querer saber de imediato se ele sabe cuidar do marketing pessoal antes de entregar as contas de seus clientes. Se você quer produzir o show, faça o seu show primeiro.

Conheça as ferramentas disponíveis

   Em termos de mídias sociais, cada dia é uma nova descoberta. Mantenha-se em sintonia com o que há de mais atual em termos de ferramentas online e softwares referentes ao monitoramento e análise de dados. É necessário conhecer os recursos das diversas ferramentas ligadas à área de gestão de mídias sociais para que você possa otimizar o seu tempo e ter produtividade em suas ações. Por que ter uma equipe gigantesca se você pode atingir o mesmo nível de produtividade com uma equipe reduzida, mas bem organizada? Em nosso curso de marketing nas mídias sociais sempre chamamos atenção sobre a capacidade de se fazer um bom gerenciamento de mídias sociais dentro de um cenário com um orçamento limitado.

Seja um heavy user das principais mídias

   Mídias sociais não é algo que se aprenda somente na teoria. Um gestor de mídias sociais necessariamente precisa ter uma experiência pessoal nos principais canais. Por isso, é imprescindível que você seja um heavy user das principais ferramentas como Facebook, Twitter e até mesmo do bom e velho Orkut, para que você tenha uma verdadeira noção de como a coisa funciona e do universo de opções que existem em cada uma delas. A prática em mídias sociais não só lhe obriga a se manter atualizado com as ferramentas e seus recursos como também é um campo aberto para pesquisa e observação. Além do mais, essa prática vai lhe ajudar em seu próprio marketing pessoal.

Mantenha-se atualizado ou morra

   Um profissional de mídias sociais precisa estar sempre atualizado para não ser atropelado pelas novidades cada vez mais rápidas na internet. A atualização constante é uma das estratégias para se destacar neste mercado. Por isso, tente estar sempre em sintonia com o que acontece lá fora em termos de técnicas e abordagens, pois aqui no Brasil nós estamos só começando. Leia muito, principalmente os relatórios publicados periodicamente por grandes consultorias lá fora. Participe do maior número possível de web seminários, muitos deles são inclusive gratuitos. Conhecer o pensamento e as experiências dos profissionais de destaque é meio caminho para evitar erros e construir estratégias de mídias sociais mais eficientes.

Seja humano

   Ser um profissional de mídias sociais é uma atividade que exige estar “online” 24 horas por dia, mas nunca esqueça que você e as pessoas com as quais você deve interagir são simplesmente seres humanos com qualidades, defeitos, curiosidades, paixões e carências. Nunca se afaste do lado humano da estratégia, caso contrário você estará gerenciando campanhas para bits e não para neurônios. Mesmo no ambiente online, as pessoas ainda querem carinho e atenção, por isso trate seus contatos e clientes como pessoas e não somente como acessos. A formação de um gerente de mídias sociais não acontece de uma hora para outra, portanto, é melhor se planejar.

Fonte: Alberto Valle / Webinsider

Rotatividade de Pessoal - Turnover

   A rotatividade de pessoal, também conhecida por turnover, está relacionada com a saída de funcionários de uma organização. As razões para o desligamento podem ser diversas; os indivíduos podem solicitar a sua demissão por descontentamento com alguma política da empresa, falta de motivação, ou busca de uma melhor colocação profissional. Assim como, a empresa também se coloca neste direito e busca por profissionais mais capacitados para integrar o seu quadro funcional ou ainda procura pela inovação em seus sistemas.
    Atualmente com o maior investimento das organizações em áreas de recursos humanos e gestão de pessoas, têm sido freqüente a avaliação das principais causas que levam os funcionários a saírem de uma empresa e também quais os fatores que levam a instituição a demiti-lo.
    Além de ser oneroso para a instituição empresarial, o elevado índice de turnover, aponta que algo não está indo bem e precisa ser melhorado. Fora o gasto com admissões e demissões, há todo um transtorno gerado na empresa por falta de mão-de-obra, o que pode abalar mais futuramente a sua produtividade.
    Com o mercado amplamente competitivo, é crescente a busca constante por profissionais com um maior grau de profissionalização. O que dificulta na busca de um colaborador ideal para muitas empresas, pois pode se deduzir que os melhores profissionais já estejam empregados. Mas as instituições apresentam a consciência de que ninguém é insubstituível, por mais gastos que possa gerar para a empresa é um fato real e que precisa ser resolvido.
    É nítido que o papel do profissional de recursos humanos deve estar atento às constantes mudanças do mercado externo e também da realidade das pessoas que compõe a organização.Podem ser movidas ações que venham a auxiliar a manter um baixo indicador de rotatividade de pessoal, cabe a gestão de pessoas encontrar quais as melhores ferramentas eficazes para auxiliar na manutenção de pequeno índice de turnover.
Improdutividade, salário, motivação, tédio na execução das tarefas e melhor reconhecimento profissional são as principais causas que atingem o indicador de rotatividade de pessoal.Os profissionais da área de gestão de pessoas que tenham por objetivo reduzir o seu índice de rotação de pessoal devem analisar todo o processo de recrutamento, seleção, treinamento, motivação e também como está sendo o desenvolvimento do colaborador dentro da organização.
    Os problemas relacionados ao alto nível de rotação de pessoal podem ter seu início mesmo durante o recrutamento e seleção, o recrutador pode acreditar que uma pessoa que possua uma boa qualificação profissional técnica mesmo não possuindo as competências exigidas pelo cargo possa desenvolver um bom trabalho.
    Após a seleção, pode ser notório que o selecionado não possuía um perfil adequado para exercer a função na qual foi selecionado. Pode ocorrer também problemas com o treinamento, o colaborador não receber uma capacitação adequada. Ou ainda pode-se desmotivar, (as pessoas tendem a se desmotivar muito rapidamente) principalmente quando não lhe é proposto um bom ambiente de trabalho para desempenhar as suas tarefas ou então se perceber que foi atraído para uma atividade que é um pouco divergente da proposta, com atividades entediantes ou a questão salarial não ser atrativa.
 
Fonte: RH Portal

terça-feira, 5 de julho de 2011

E-commerce: dá para confiar

Confira dicas de como fugir das fraudes e realizar suas compras com tranquilidade!

   O e-commerce é um caminho sem volta. Em alguns anos, estranho será pensar que em um passado distante só se faziam compras de forma presencial. Hoje, no entanto, ainda há muita desconfiança por parte dos consumidores na hora de efetivar uma transação online. Mas, seguindo algumas regras básicas e tomando alguns cuidados necessários, não porque ter medo. "Muitas pessoas não sabem distinguir um site 'seguro' de um altamente permeável. A legislação brasileira tende e quase que se obriga a mudanças no Código de Defesa do Consumidor, exigindo e punindo as lojas virtuais que não se adequarem às boas práticas de segurança", destaca Arnaldo Korn do Pagamento Já, portal especializado em pagamentos virtuais. Segundo o empresário, o consumidor, ao inserir seus dados pessoais em algum site, deve checar se ele é protegido com selos de certificação (SSL – Secure Sockets Layer), que garante a segurança na transferência das informações que trafegam pela internet. "Há também como fazer consultas em sites próprios para reclamações, especializados em qualificar as lojas de e-commerce, como o e-bit. Assim, é possível checar a procedência do comércio virtual", completa ele.
   Além da certificação SSL, existem outros mecanismos que auxiliam na segurança do site. "É necessário fazer a checagem diária de possíveis bugs em todas as páginas do site, pois novas práticas de invasão e quebra de sigilo de informações surgem diariamente. Esse tipo de empresa, que fornece o selo de segurança, é responsável por identificar essas práticas, bem como monitorar o e-commerce 24 horas por dia, buscando por qualquer abertura que a plataforma utilizada ofereça em termos de invasão do sistema", explica Arnaldo Korn. O executivo destaca também que a internet brasileira vive hoje um grande paradoxo. "São 70 milhões de internautas, dos quais 40 milhões usam o internet banking, mas apenas 17,6 milhões fazem compras na internet. Ou seja, 55% dos internautas brasileiros com o costume de realizar movimentações financeiras na internet não compram em lojas virtuais", afirma.
 
Dicas:  
   Alguns conselhos básicos para quem faz transações financeiras via internet:

1 - O consumidor deve tomar cuidado, utilizando apenas o computador pessoal, com antivírus atualizado e não usar lan house para fins comerciais;
2 - Não clicar em qualquer mensagem encaminhada via e-mail por desconhecidos, elas podem ter programas espiões;
3 - Buscar no site as informações do endereço físico da loja e os telefones. Todo comércio, mesmo que tenha contato online, deve ter um serviço de atendimento ao cliente;
4 - Ter cuidado com preços muito baixos. Os produtos podem ser falsificados ou a empresa pode estar sonegando impostos;
5 - Ficar atento aos prazos de entrega e valor de frete e arquivar ou imprimir o pedido feito, a confirmação da loja e e-mail que a loja enviar confirmando a encomenda.
 
Fonte: Portal dos Administradores.
Disponível em <http://www.administradores.com.br/informe-se/tecnologia/e-commerce-da-para-confiar/46051/>

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Limitada com apenas um sócio fomenta empreendedorismo

    Aguarda sanção presidencial a lei que cria uma nova modalidade de constituição de empresa — a Limitada de apenas um sócio. Atualmente, para se constituir uma sociedade de quotas por responsabilidade limitada, é necessário unir no mínimo duas pessoas para constituir esta empresa, que poderão ter suas participações em percentuais que bem definirem conforme a composição do capital social.
   Sozinho, o empreendedor consegue abrir seu negócio apenas como Firma Individual e assim, seu patrimônio pessoal nas obrigações e dívidas será imediatamente afetado caso a empresa não venha a honrar com seus compromissos. É que nesta situação, não há outra pessoa que determine suspensão de pagamentos senão o próprio dono do negócio.
   Em casos de morte do titular da empresa, as dificuldades para encerramento das atividades são muito maiores que numa Ltda., vez que a falta de planejamento sucessório porquanto não exista contrato social possa levar esta Firma Individual à falência ou imediato encerramento de suas atividades. Ademais, numa intenção de realizar uma operação societária de Transformação, o custo operacional é mais oneroso e a engenharia jurídica mais complexa.
   Já a empresa Limitada tradicional conta com a dificuldade de o empreendedor encontrar quem realmente queira apostar no seu negócio, porquanto nem sempre um familiar ou amigo terá interesse em estragar a relação pessoal caso a empresa não vá bem, principalmente se houver problemas para este sócio que “emprestou” seu nome. Assim, muitos investidores se vêem engessados em não criar este tipo societário porque, por mais que a participação do outro se resuma a 1% das quotas, o receio e a prudência acabam estagnando o investimento e a captação de recursos.
   Se considerarmos uma Limitada a pleno vapor e se um destes sócios pretender se desligar da empresa, é certo que por meio de aditivo é possível deixar em tesouraria por 06 meses as quotas integralizadas, até que entre um novo sócio. Decorrido este prazo, a sociedade estaria irregular, nos termos do Código Civil.
   No entanto, com esta nova modalidade de Limitada, é provável, de acordo com o projeto, que apenas o único sócio que a constituí-la não precisará convidar nenhuma outra pessoa para compor a empresa, podendo dar o start-up nos seus investimentos imediatamente, sem que a mesma venha a ficar irregular após 06 meses de existência.
   Outra novidade, é que o patrimônio pessoal do empreendedor dificilmente será afetado porquanto o capital social mínimo a ser integralizado deverá ser de cem salários mínimos, que se prestarão como garantia de pagamento de empréstimos ou outras modalidades de contratos assumidos. No entanto, os dispositivos legais que tratam da desconsideração da personalidade jurídica (caso em que o juiz determina serem penhorados os bens dos sócios e administradores em caso de não serem encontrados bens que sirvam ou bastem ao pagamento de dívidas de qualquer natureza) deverão preservados, a considerar que o empresário, mesmo com sua Limitada de apenas um sócio deverá manter a boa-fé contratual a evitar moratória, concordata ou falência e, se considerada judicialmente sua intenção de lesar os credores, este “fundo de reserva” de cem salários será engolido rapidamente e então a dívida afetará seu patrimônio pessoal.
   É notória a preocupação do legislador em estabelecer este piso de capital social para abertura desta nova espécie de empresa a fim de evitar que simplesmente um “laranja” que funcionaria como sócio fictício numa Limitada tradicional, pudesse então ser novamente usado para constituir esta nova empresa e rapidamente daria golpes no mercado financeiro e no comércio, vez que para constituir uma Limitada tradicional não haja piso algum, diverso do que exigirá a lei nesta outra situação. Acabou por servir de medida protetiva do comerciante de boa-fé e do sistema financeiro nacional, cujo calote anunciado se presta, por exemplo, a elevar o spread bancário.
   Para o empreendedor arrojado cujos projetos estavam congelados porquanto não quisesse ter sócios, mas que também não abra mão de ter sua empresa, para esta nova Limitada futuramente se transformar numa Sociedade Anônima seria até menos dispendioso do que se iniciasse como Firma Individual. No entanto, para se tornar uma sociedade por ações seria necessário cumprir outros requisitos, e que certamente este mesmo empreendedor não possa transformá-la sem agregar um segundo acionista, o que ficaria uma lacuna para um segundo projeto de lei neste sentido.
   Salvo melhor juízo, entendo que a Limitada nesta nova modalidade criará melhores condições através do contrato social para a proteção dos negócios e destes com terceiros do que uma Firma Individual. Vejo com entusiasmo a possibilidade jurídica de um visionário ter mais uma opção de tipo societário para formalizar seus negócios, fomentando o empreendedorismo e rompendo alguns percalços burocráticos.
Por Orlando Vieira. No site www.incorporativa.com.br
No link: http://www.incorporativa.com.br/mostranews.php?id=6545

terça-feira, 28 de junho de 2011

Uma pergunta pode prever o futuro de sua empresa

   Os seus clientes recomendariam o produto ou serviço do seu negócio para amigos e conhecidos? A resposta a essa pergunta é essencial para que você, empreendedor, possa avaliar a qualidade da empresa e a fidelidade dos consumidores. Para monitorar os níveis de satisfação, muitos empresários investem na realização de pesquisas. Mas, para um pequeno e médio empreendedor, essa técnica pode demorar a alcançar o resultado e ter um alto custo.
   Em entrevista à revista americana Inc, Fred Reichheld, autor do livro “The Ultimate Question” (“A Pergunta Definitiva”) e pesquisador sobre o tema lealdade nos negócios, disse acreditar que existe uma maneira melhor do que as tradicionais pesquisas para quantificar a capacidade de a empresa servir os seus clientes. Isso porque o pesquisador desenvolveu a metodologia denominada “Net Promoter Score”, que se baseia em fazer apenas uma pergunta ao consumidor para descobrir se os clientes são ou não fiéis à marca. De acordo com ele, somente os que responderem as notas 9 ou 10 à pergunta “Em uma escala de 0 a 10, qual a probabilidade de você indicar a empresa a um amigo ou colega?” estarão propensos a recomendar os serviços da empresa a terceiros e a comprar novos produtos do negócio. Esses, por tanto, serão os consumidores fiéis e, com certeza, divulgarão a marca da empresa.

Como usar a metodologia “Net Promoter Score”?

   Para conseguir medir o desempenho dos seus negócios por meio da técnica desenvolvida por Fred Reichheld é preciso selecionar um número de clientes que farão parte da pesquisa. Todos aqueles que responderem com notas 9 ou 10 à pergunta formulada pelo pesquisador serão considerados os “clientes promotores” do negócio. Já os que derem as notas 7 ou 8 serão denominados “clientes passivos”. Esses serão os consumidores que estarão satisfeitos, mas que não deverão recomendar a empresa para outras pessoas. Os “clientes detratores” serão aqueles mais irritados e que não estarão satisfeitos com o serviço oferecido. Eles deverão dar notas de 0 a 6.
    Para calcular o Net Promoter Score da empresa é preciso subtrair a porcentagem de “clientes detratores” pela porcentagem dos “clientes promotores”. Por exemplo, se 45% dos consumidores são “promotores”, 20% são “passivos” e 35% são “detratores”, o Net Promoter Score será 10% (45-35 = 10).
   Para ter uma empresa saudável, capaz de crescer no mercado por meio de clientes fiéis ao negócio, é importante que a porcentagem encontrada seja cada vez mais elevada. 
   E você, empreendedor, como avalia a fidelidade dos seus consumidores?
 
Fonte: Patrícia Machado - PEGN 
http://www.papodeempreendedor.com.br/marketing/uma-pergunta-pode-prever-o-futuro-da-sua-empresa/

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Geração T: indivíduos que sabem de tudo, mas não avaliam nada

   Entre os indivíduos que fazem parte das famosas gerações X e Y, foi identificado um comportamento que classifica uma parcela deles em uma nova modalidade, a Geração T.
   Apesar de não limitar a uma faixa de idade, a geração T é formada principalmente por jovens que sabem de absolutamente tudo que está acontecendo no mundo, mas não são capazes de analisar, comparar ou emitir qualquer opinião a respeito de nenhum assunto. O “Tê” vem justamente da palavra testemunha, já que tais indivíduos não passam de meros espectadores dos fatos. De acordo com o profissional de comunicação e ex-executivo de marketing Luciano Pires, esse grupo “sabe de tudo, mas não sabe o porquê das coisas”.

Comportamento

   Entre suas principais características, é possível dizer que o que eles mais sabem fazer é contar para os outros o que viram. Segundo Pires, observa-se que esse público, ao participar de eventos ou ao ter contato com as informações, é capaz apenas de reproduzir o que lê ou ouve, sem formar opinião sobre nada. Pires tenta explicar esse comportamento recorrendo à tecnologia. Segundo ele, as facilidades que a tecnologia proporciona, como o rápido acesso às informações e a simplicidade em se conectar com as pessoas, faz com que os jovens se esqueçam do conteúdo, se entregando "de corpo e alma" ao processo. “É como um estudante de propaganda que, fascinado pelo design do anúncio, acaba deixando de lado os atributos de venda do produto. Ou um diretor de cinema que, da mesma forma, fascinado pelos efeitos especiais, deixa de lado a riqueza do roteiro e das ideias”, explica ele. Essa lógica nada mais é do que o tradicional conflito entre forma e conteúdo.

Geração T no trabalho

   Mas, se foi identificada uma geração que está mais interessada em reproduzir e se conectar do que avaliar e criticar, seria interessante também entender como esse comportamento pode afetar a construção de suas carreiras. Os jovens da geração T, no ambiente de trabalho, são aqueles que fazem o que são mandados fazer, que vão para onde são mandados ir e que o máximo que conseguem é criticar, seja o chefe, a empresa ou a vida. No seu comportamento não se observa um espírito crítico, capaz de melhorar os processos. É exatamente neste ponto que sua carreira não vai para frente, já que as empresas estão em busca justamente de profissionais que tenham capacidade de julgamento e que saibam tomar decisões. “A geração T julga e decide pela cabeça dos outros”, salienta Pires.
   É importante ressaltar que o principal problema dessa geração não está relacionado com sua eficiência operacional, mas sim com sua atitude, uma atitude tão superficial frente ao que acontece no mundo que atrofia sua capacidade de julgar, criticar e analisar.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

10 coisas que aprendi sobre Escola 2.0

Segundo o autor, Dr. Carlos Nepomuceno,  estes foram alguns dos ensinamentos por ele aprendidos:

1- Existem mudanças na sociedade na forma de se informar, conhecer e comunicar e isso inapelavelmente têm forte impacto na forma de ensinar e aprender a inalcançável realidade;
2- A principal modificação no conhecimento é que ele está deixando de ser mais consolidado (sólido/individual) baseado numa mídia do papel impresso (lenta) para um mais dinâmico (líquido/coletivo) baseado numa mídia digital (rápida) para atender as novas demandas de produção e consumo de uma sociedade superpovoada, que impacta em todos os setores, inclusive na escola. (A Wikipédia é um bom exemplo de representação do conhecimento líquido/coletivo);
3- O modelo atual da escola se já era questionado no passado, agora se torna ainda mais obsoleto, pois é lento, ineficaz, pouco inteligente e pouco motivador, não formando o cidadão/cidadão para os novos desafios num mundo cada vez mais complexo e dinâmico. Estamos, assim, iniciando de forma coletiva a passagem das escolas baseadas em um modelo fechado de conhecimento (que não se modifica com os encontros) para outra em que o conhecimento é aberto (se altera a cada interação);
4 – De uma escola na qual existe algo a "ser aprendido" em uma base de conhecimento definida por "doutores", na qual o aluno tem muito pouco a contribuir, na qual só o professor "sabe". Para uma nova Escola 2.0, na qual o professor passa muito mais a ser um coordenador de dúvidas, apresenta até onde problematizou questões e incentiva fortemente o debate entre os alunos;
5- Tal escola alternativa esteve presente na mente de vários educadores (como Paulo Freire), mas agora se tornarão sistêmicas, incentivadas por quem está no poder, pois o mundo tem que ser mais ágil, em função do tamanho da nova população e suas consequências, movida agora por uma mídia mais dinâmica, e, portanto, leva a escola junto (além das outras instituições da sociedade). Assim, se o modelo da escola atual é filha do livro impresso, o da nova será a do ambiente digital em rede;
6- A mudança de postura do professor implica numa nova relação deste com o seu ego, que deixa de se apegar em conceitos estabelecidos e passa a combater o desconhecido, procurando reduzir o surgimento dos egos em sala de aula. Trabalha-se com argumentos e não com adjetivos. O inimigo passa a ser a ignorância de todos diante do desconhecido inatingível, no qual todos são alunos e professores procuram coletivamente a forma mais eficaz de vencer os impasses;
7- Os alunos precisam utilizar todas as ferramentas colaborativas online quando não estão juntos presencialmente e quando estão presencialmente, algo cada vez mais difícil, caro, que demanda tempo, espaço, devem evitar, ao máximo, o uso de equipamentos eletrônicos e serem estimulados fortemente a conversar e a trocar, a não ser que o tema seja algo que estes sejam extremamente necessários;
8 - Assim, procura-se na nova escola permitir que o cidadão/cidadã do novo século não mais lide com a informação de forma decorada (utilizando a memória), mas consiga construir cenários, compreender a lógica para lidar com uma informação abundante, mas pobre de significado (utilizando a criatividade) . Isso implica em um amadurecimento afetivo de todos os cidadãos/cidadãs para lidar de forma mais efetiva com uma liberdade informacional cada vez maior;
9- Neste cenário, o ensino de história e filosofia devem ganhar forte ênfase, pois são as disciplinas humanas que ajudam a superar crises de conhecimento desse tipo e incentivam a descolar o ser humano da sua realidade mais presente e atual, permitindo-o ver os conceitos e a realidade "mais de fora";
10 - A ideia de separação dos alunos por turmas, séries, idades, espaço físico, cidades, estados, países, idiomas tende a ficar cada vez mais obsoleta, bem como, a separação do espaço entre sala de aula e casa mais invisível. Por fim, estamos, por necessidade de lidar com o complexo, em um aprendizado muito mais coletivo do que individual.

Por Carlos Nepomucemo, www.administradores.com.br